Difícil fugir do principal tema da semana. Ou melhor, complicado deixar de falar sobre a convocação da seleção brasileira. Depois de ver vários noticiários, muitas opiniões, a favor e contra, sigo a mesma tendência. Em primeiro lugar, apesar de não gostar da postura do técnico Dunga, volto a falar: contra os números não há contestação. E o retrospecto é totalmente a favor da linha de trabalho do tosco treinador. Hoje, já sabemos o time titular. No máximo, existe uma dúvida entre o seis e o meia dúzia. No entanto, o discurso de coerência, tão decantado e exaltado por Dunga me trás uma dúvida diante de uma atitude coerente.
Adriano está definitivamente fora da Copa. Isso é fato. Já que nem na lista de suplentes figura, só nos álbuns. No entanto, o inexperiente Ganso, como foi justificado, ficará experiente em caso de lesão de dois ou três? Falo isso porque a primeira opção é Ronaldinho Gaúcho. É algo improvável? É. Mas pode acontecer. Então, como explicaria a coerência? Voltando ao Imperador, concordo com a sua exclusão. Caso contrário, a exemplo do que aconteceu na Argentina, teríamos a Igreja “Adrianiona”, que o colocaria acima do bem e do mal. Uma pena pela pessoa. Espero que a frustração se transforme em combustível positivo em favor do Flamengo.
Hoje, posso dizer que a seleção é a cara do técnico, literalmente falando, com o número de volantes convocados. Não vou ser leviano e dizer que não torcerei pelo êxito da equipe brasileira. No entanto, em uma época onde exaltamos a qualidade dos “Meninos da Vila”, do futebol do Atlético-MG, em uma espécie de resgate da arte, seria paradoxal, ou melhor é paradoxal torcer por um time apenas pragmático. Mas com certeza, hoje abro uma brecha para olhar com mais carinho para a “La Fúria” e para os hermanos Argentinos, que contam com o talento do gênio Lionel Messi. Mais do que nunca, terei o meu favorito, mas vou procurar torcer também pelo melhor futebol, mais gostoso de assistir e que favoreça o espetáculo. Mesmo sem ser campeã, a seleção de 1982 sempre me encantará mais do que equipes como a de 1994 e essa de agora.
Bem, com um certo desânimo, convoco a todos. “Vamos lá’..bola pra frente...” “brazil”, “brazile”, sempre com letra minúscula, porque nunca vi anão ser gente grande.

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