Campeão dos últimos dois Brasileiros, com a dupla Fla-Flu, o futebol carioca parece querer se desconstruir e paradoxalmente ao sucesso, o êxito obtido, lições de amadorismo e anti-profissionalismo suplantam as conquistas recentes. O Flamengo, após a conquista do Hexa, virou terra de ninguém, com presença constante nas manchetes policiais, um vice para o o Botafogo e o então goleiro, Bruno, preso por um crime brutal contra a ex-amante. Resultado de tanta confusão pós-conquista: o quase rebaixamento. Ah! Já ia esquecendo, ainda tivemos a contratação e saída do ídolo maior do time da Gávea, Zico. Com a chegada de Luxemburgo, parece que as coisas vão melhorar, inclusive com o veto à contratação do “Imperador” sem império.
Nas Laranjeiras, o roteiro não chega a ser tão rodriguiano com amantes, morte, prisão, festas de arromba, espancamento de namorada, essas coisas, mas novamente, após uma conquista, um time da Cidade Maravilhosa ao invés de usar para o crescimento da imagem, mergulha em crises, desmandos e como um bonde desgovernado - bonde é a palavra da moda no futebol - não sabemos como vai parar. Muricy pulou fora, vários técnicos declinaram da possibilidade de assumir a máquina que conta com Fred, Conca, He-Man, Sheik, entre outros. Por que? Um bom time, patrocinador forte, mas parece um Titanic. Uma nova diretoria que, usando a linguagem dos boleiros, é juvenil. Espero que consigam trazer alguém que entenda mais de gerência de futebol para que o projeto tricolor não afunde.
No Botafogo, Joel Santana vai dando adeus e pode cair no Flu. Bom para o segundo pela competência do Natalino. Ruim para o primeiro, que deixou que o “Loco” ídolo colocasse a torcida contra o treinador. Quem sabe Abreu não asusme logo o comando? Seria melhor. Criticar nos microfones é mole.
Em meio a esse turbilhão, o Vasco vai se reestruturando, voltando a ter dignidade de grande, mas ainda atrás do rubro-negro que vem numa ascendente, com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, conquista da Taça Guanabara, com Luxa no comando e investimento no CT.
É esperar e ver.
De resto, um Carioca chatíssimo, onde esperamos pela fase semifinais e olhe lá. Sem valer perder tempo por aqui. No entanto, devido aos últimos desmandos, tive que tirar o lápis do bolso.
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