Pratas, Medalhões e a Jóia



A diretoria rubro-negra finaliza o período de contratações entregando ao técnico Zé Ricardo um elenco farto e qualificado, conforme palavras do próprio treinador. A começar por ele, acho bem promissor, estudioso, com boas ideias e convicções-ou seriam teimosias. No entanto, o Flamengo teve seu status elevado e o técnico tem que acompanhar este acréscimo de qualidade, sem ser ingrato, é claro, mas sem ficar apegado a jogadores limitados, que outrora eram imprescindíveis ao elenco, como Márcio Araújo. É esforçado, bom marcador, corre, mas limitado para as pretensões do time da Gávea.   


Além dos medalhões Guerreiro e Diego, a legião estrangeira do Urubu vai ganhando espaço com Trauco, Cuellar e Berrío. Sem falar na chegada da última leva, que trouxe Everton Ribeiro, Rodolpho e Geuvânio. Hoje, vejo o Flamengo como uma equipe equilibrada, com bons jogadores em todas as posições e reservas que podem manter o nível. Acho que o gol ainda é uma incógnita com a queda de rendimento de Muralha e a insegurança do garoto Thiago.
Por falar nos garotos, é uma questão que incomoda. Olhamos as equipes do Fluminense, Botafogo e , pasmem, até o Vasco, com bons valores criados nas divisões de base no time principal,  e no Flamengo, apesar de Zé Ricardo ser um técnico vindo da base, campeão da Taça São Paulo, lançar poucos moleques. Será excesso de cuidado? Fato é que: na base, os meninos do Ninho do Urubu, no mínimo estavam no mesmo patamar do que as crias dos nossos rivais, quando não superiores. Chegando ao time principal, o Flamengo ainda não conseguiu emplacar ninguém , além do Jorge, já negociado com o Mônaco. Estranho né? Pois é! Exalto sempre o profissionalismo imposto pela gestão Bandeira. O Flamengo foi alçado a outro patamar. Conseguiu sair do período jurássico que assola grande parte dos times no Brasil, como a permanência de Eurico no Vasco. Mas ainda peca no quesito conquistas e ao fazer do clube um balcão de negócios. Sim ! Donnatti mal jogou e foi negociado. Até entendo que o clube tenha que fazer caixa, mas uma entidade como o Flamengo vive de ídolos. E , usando uma frase feita e batida, craque o Flamengo faz em casa. Está aí o garoto Vinícius Jr para provar. Pena que já está de saída e pouco poderemos aproveitar do seu talento. Foi bom pros cofres, mas e aí? A jóia demorou a ser achada, mas logo foi retirada da coroa. E continuamos na velha política do diamante de sangue. Segue o baile!

       

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