Não dá para fugir do óbvio quando o assunto é a nova era da Seleção. Seguindo o planejamento de renovação da CBF, até para criar um hiato marcante ao trabalho anterior conduzido por Dunga e Jorginho, Mano Menezes adotou uma postura serena, sem forçar, diga-se de passagem, e apresentou uma lista com algumas surpresas, incógnitas neste início de trabalho, e com nomes que foram rejeitados pelo “Zangado”, apesar do clamor popular e unanimidade entre a crítica especializada.
Deixando para trás os extremos das últimas duas Copas - descompromisso em uma e o quartel da outra - Mano Menezes chega credenciado pelos bons trabalhos feitos nos clubes por onde passou, apesar de ter sido a terceira opção da CBF.
A primeira convocação tem como base o ataque do Santos e deixa claro que as Olimpíadas de 2012, em Londres, vão ser tratadas em primeiro plano, o que pode acarretar na conquista inédita, tendo em vista o material humano disponível para a competição.
A pressão de 2014 é inevitável. O fantasma de 1950 vai aparecer em cada curva do trabalho até que tenhamos conquistado ou sido eliminados da competição.
Convocando cinco atacantes, sendo os três “Meninos da Vila” , Neymar, Robinho e André, além da volta de Alexandre Pato e uma nova oportunidade para o bom Diego Tardelli, Mano deixa claro que não tem intenção de cultivar inimigos em troca da coerência tão decantada pelo seu antecessor.
Neste momento, os resultados vão importar pouco. O importante é conseguir encontrar um sistema definido, que agrade aos críticos e torcedores. Sempre vão existir opiniões contrárias ou discordância em um ou outro nome, mas o que se espera é um clima mais leve do que o que pesou na Copa da África.
Enfim, fica o desejo de boa sorte ao novo técnico da seleção e que ela traduza a essência do futebol brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário