Permitam-me o deslumbramento, por mais que dure só por hoje, por mais efêmero que o seja, que eu seja feliz de ver o brincar da minha seleção brasileira, ver a molecagem da seleção que não tem cara zangada, carregada, sem uma era marcada, e sem dizer que o nosso futebol já era. Permitam-me ver que o nosso porvir pode ser bonito, com estilo, sem nos forçar a assisitir a um culto pós jogo, vamos orar todos de forma ecumência, onde a única idéia vendida seja a alegria e a leveza de ter o simples prazer de jogar futebol, aquele esporte que faz um pai comprar a camisa do time de coração logo que o filho nasce, que faz da bola o primeiro presente e , em geral, a responsável pelos primeiros tombos.
Ainda é cedo para avaliações do trabalho, exaltando ou criticando. Seria leviano qualquer tipo de explanação. Por isso o pedido de permissão para dizer que, independente da vitória, a primeira impressão pode marcar. Essa promoveu um hiato siginificativo ao conceito anterior. Não vale à pena citar, criticar ou comparar com os quatro anos que se passaram, com a comissão passada. Apenas fantoches mal conduzidos pela entidade responsável pelo nosso futebol. Que é a grande responsável por nossos clubes terem dirigentes ainda jurássicos, assim como quem a preside. Todovia, agora, a arrogância deu vez à tolerância e a vontade de quem admira ou trabalha com o futebol foi escutada. Os resultados são importantes? Muito. No entanto, perder do jeito que perdemos, jogando sem poesia, sem boemia, é frustrante, um ultraje à historia do futebol mundial. remeto a mundo porque a nossa arte não mais nos pertence. Somos responsáveis pela beleza dos principais campeonatos do planeta. A atual campeã do mundo jogou o que sempre jogamos e que tivemos o disparate de abdicar. Mas parece que nosso império verde e amarelo será novamente digno de ser súdito do rei Pelé.
Uma geração com Gansos, Patos, Moicanos, pedaladas, passes de improviso saídos de jogadas taticamente erradas. Onde a religião muda a cada drible e o guerreiro aparece em forma de comemoração. O Brasil pode novamente pedir o voar do canarinho e mostrar que a fúria de 82 foi errada e que a Fúria de 10 vai ser ratificada em 14, com as cores de quem sedia, numa alegria que fugiu, mas que nunca será tardia. Como pediu o poeta, "Brasil, Mostra a tua cara".
Nenhum comentário:
Postar um comentário