Estamos chegando ao fim de mais uma temporada, mais um Campeonato Brasileiro. Mais uma vez indefinido tanto na parte de cima quanto na parte debaixo da tabela. Uma competição dividida por uma Copa do  Mundo que premiou a seleção que mostrou um futebol de qualidade, como o da Fúria, e do qual abdicamos quando iniciamos a última parte da Trilogia Era Dunga. Uma temporada, incluindo os estaduais que teve como destaque a molecagem santista, a bandidagem rubro-negra e as crises adolescentes do prodígio Neymar.

O Flamengo, com um ano digno de folhetim, hexacampeão, subindo morro, com fuzis estampados, um corpo ainda não encontrado, a prisão de um ídolo, o destronar do Rei da Nação, a chegada de Luxemburgo, que, pode levar, quem sabe, à redenção. Um clube que antecipa a tendência na eleição do líder brasileiro, ao ter como presidente, pela primeira vez, uma mulher, que se mostrou pé frio por sinal, mas que pode trazer uma visão mais profissional ao principal produto do clube, o futebol. Ver o deus Zico, entrar e, quatro meses depois, sair via internet foi o fim do catastrófico ano rubro-negro. Depois das idas aos morros e à polícia de Adriano, Love, Bruno e Cia, namorada amarrada e surrada no morro, ex-amante desaparecida e supostamente morta, o que mais deve ter doído foi ver a impotência do maior ídolo à frente do futebol da Gávea e tendo seu nome envolvido, como um simples mortal, em episódios de favorecimento com sua prole e clube particular, chegando quase ao status de corja. Mas no final, o rebaixamento está longe. Com Luxemburgo, o futebol deixa um pouco de lado o amadorismo, apesar do preço alto. Acho que vale, pela competência do treinador, que tem um conceito europeu, não restrito só às quatro linhas, não tão bem visto aqui no Brasil, mas que na minha concepção é o caminho natural a ser tomado nos tempos de hoje.

Na outra parte da coluna de hoje, vamos falar sobre o que deve acontecer nesse fim de Brasileirão. Aguardem!!!!

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